LCI, LCA, CRI e CRA: entenda as diferenças e escolha o ideal

LCI, LCA, CRI e CRA são investimentos de renda fixa para quem busca segurança, rentabilidade e isenção do Imposto de Renda
Os investimentos de renda fixa são as opções ideais para investidores de perfil conservador que priorizam segurança e rentabilidade. Entre eles, a LCI, a LCA, o CRI e o CRA são alternativas interessantes para quem quer diversificar a carteira.
LCI e LCA, assim como CRI e CRA, são investimentos em renda fixa que se destacam por serem isentos de imposto de renda para pessoas físicas. Porém, suas diferenças estão na origem e no funcionamento de cada título.
Neste artigo, vamos explicar como funcionam esses títulos e quais são as principais diferenças entre eles. Acompanhe!
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
O que são e como funcionam LCI e LCA
LCI (Letras de Crédito Imobiliário) são títulos emitidos por instituições financeiras como forma de captar recursos para financiar o mercado imobiliário. Ao investir em um desses títulos, o investidor, na prática, está emprestando seu dinheiro ao emissor e recebendo os juros sobre o valor emprestado.
Já as LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) funcionam da mesma maneira, só que o objetivo é captar recursos para fomentar o agronegócio.
Ambos os investimentos contam com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e são isentos do Imposto de Renda para pessoas físicas, o que torna a rentabilidade líquida das aplicações mais atrativa para os investidores.
Os prazos de vencimento da LCI e da LCA variam, mas, em geral, o prazo mínimo de investimento é de 9 meses e há poucas opções com liquidez diária.
Principais características de CRI e CRA
CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) são títulos de crédito emitidos por empresas securitizadoras lastreadas em recebíveis do setor imobiliário. Já os CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) funcionam de maneira análoga, porém têm lastro em recebíveis do setor do agronegócio.
Em geral, eles oferecem rentabilidade maior do que a LCI e a LCA, mas também envolvem um risco mais alto, uma vez que dependem do desempenho dos setores imobiliário e agrícola e não contam com a garantia do FGC.
Ambos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas e apresentam prazos mais longos, com menor liquidez.
Diferenças em relação à origem dos recursos e às garantias
No caso da LCI, a origem dos recursos são os financiamentos imobiliários, como, por exemplo, crédito para construção e compra de imóveis. Já no da LCA, os recursos vêm de crédito rural e operações do agronegócio, como custeio de safra, máquinas e equipamentos.
A origem dos recursos dos CRI, por sua vez, são os direitos creditórios imobiliários (parcelas de imóveis, aluguéis etc.), enquanto os recursos dos CRA vêm de direitos creditórios do agro (como vendas a prazo, CPRs, entre outros).
Quanto às garantias, como dito, a LCI e a LCA contam com a proteção do FGC, por serem emitidas por instituições financeiras, enquanto o CRI e o CRA não são protegidos pelo FGC por serem emitidos por companhias securitizadoras.
Riscos associados a cada tipo de investimento
Os riscos da LCI e da LCA são baixos e estão ligados à credibilidade da instituição emissora do título. Escolher títulos emitidos por uma instituição sólida e confiável ajuda a reduzir os riscos. Eles ainda contam com uma camada extra de proteção, pois têm a garantia do FGC.
O CRI e o CRA, por sua vez, apresentam riscos mais altos, uma vez que seus rendimentos dependem da saúde financeira e da performance dos setores imobiliário e agrícola, respectivamente, bem como da credibilidade da instituição emissora. Além disso, não contam com a proteção do FGC.
Como escolher entre LCI, LCA, CRI e CRA para sua carteira
A escolha entre LCI, LCA, CRI e CRA deve levar em conta alguns fatores, como, por exemplo, os objetivos financeiros e o perfil de risco do investidor.
Investidores de perfil conservador podem priorizar a LCI e a LCA, que oferecem baixo risco e contam com a proteção do FGC. A escolha deve se dar de acordo com o objetivo, se prefere ajudar a financiar o agronegócio ou o mercado imobiliário.
Já investidores de perfil moderado a arrojado podem preferir CRI e CRA, que oferecem rentabilidade mais alta, mas, ao mesmo tempo, envolvem riscos moderados por dependerem do desempenho dos setores imobiliário e do agro e por não contarem com a proteção do FGC.
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